Atlantida
Suspiro.
Suspiro outra vez.
Fumo um cigarro.
Fumo outro.
Janto com o Francesco, o meu anjo romano.
Nao oico uma palavra do que ele diz.
Estou longe.
Estou ja em Lisboa sem la estar.
Penso no Oceano.
Nas colinas.
Nos electricos e nas velhinhas com sacos de plastico dentro da mala.
Penso na Maria e no pouco tempo que tenho para a ver.
Nos amigos.
Nas saudades que pesarao mais depois que agora.
No passado que se torna presente ao voltar a cidade que me viu nascer.
E na praia... suspiro a pensar na praia.
Vou a Lisboa este fim de semana.
E preciso de outro cigarro, para equilibrar este oxigenio suspirado que me entra em excesso pelos pulmoes a dentro.
Que Lisboa me trate melhor do que eu a trato a ela.
E que eu nunca me esqueca que por muito que me sinta romana, serei sempre portuguesa.
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