O marquês, os poetas, o pianista e o padre
Se nao tivesse acabado num Lux sub 18, a noite de ontem tinha, talvez, sido ainda mais encantadora e especial... Mesmo assim, a passagem pelo unico antro lisboeta possivel contribuiu para a sensaçao de surrealidade dos acontecimentos de um nove de fevereiro aparentemente sem grandes promessas...
Tudo começou com um jantar com o Fernando Mascarenhas, vulgo Masquês de Fronteira, no homonimo palacio. Como companhia o Pedro, jovem poeta português engajado com uma cultura literaria que em grande parte desconheço. Conversa simpatica que terminou com Mario de Sa Carneiro e a sua manucure.
No palacio, pelo meio dos azulejos, um conhecimento extraordinario: um pianista genial, filho de mae italiana e pai russo, nascido em S. Petersburgo e decidido a viver à beira deste Atlântico melancolico. A conversa foi animada, estendeu-se pela noite fora, entre Liszt, Bizet, Rachmaninov, Horowitz e Furtwängler. E raro encontrar pessoas bonitas e interessantes neste mundo. Estar com diversas ao mesmo tempo é um misterio, uma epifania.
Seguiu-se um Lux com um amigo estranhamente padre que prefere as vigilias nocturnas às laudes e matinas. Mas até à alba se estendeu a noite, que se esvaneceu em tons dourados à beira rio.
As vezes chego mesmo a pensar que poderia voltar a viver em Lisboa!
Serà um bom sinal?
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