Entrevista com uma besta

Este gajo irrita-me como poucos.
Mata vaquinhas inocentes e mete-as em formol. Expõe-nos a carcassas rodeadas de moscas, a trabalhos de um mau gosto extremo e pretende, com tudo isto, realizar elaboradas meditações sobre a vida, a morte, o tempo e os conceitos modernos de muita coisa que ainda não entendi. Para vanitas post-modernas contento-me com o Douglas Gordon, que apesar das caveiras perfuradas e das tatuagens góticas tem um trabalho de qualidade e não sensacionalista.
Assim sendo, e na minha febre anti-Hirst, gostei muito desta entrevista. Começa muito bem: At 41, Damien Hirst is no longer a 'young British artist'. So what should we call him? A middle-aged businessman? He still pickles the odd shark, but he seems every bit as interested in his £3m country house, his £100m fortune and the danger that it all might slip away e acaba ainda melhor: If people come up to me in the street I try to give them a drawing or something, rather than a signature or telling them to fuck off. Mind you, if you put that in the paper, I'll be fucking swarmed".. Ai Damien se eu te vir na rua tás feito, quero um desenhinho bem lindinho que vai directamente para o E-bay. E depois sei lá, um Austin Martin, uma viagem ao Laos, ou com sorte, ainda te compro um vídeozito do Nauman, para aprenderes o que é ser um artista a sério!