Lamentável, caro Materazzi
A sério que estou lixada da vida. Gosto da "Squadra Azzurra". Desde o princípio que queria que eles ganhassem, que fossem à final contra Portugal, etc etc.
Mas ontem fiquei contente a meio gás: achei muito estranho um jogador como o Zidane perder a cabeça daquela maneira no último jogo do seu último mundial.
Na altura não percebi, hoje vim a saber o porquê e fiquei com uma tristeza profunda, conhecendo o povo italiano e o seu lado mesquinho com a intensidade de quem lá viveu algum tempo: o Materazzi chamou-lhe terrorista.
Todos aqueles que têm heranças árabes serão terroristas?
Então não seremos nós, portugueses (e os espanhois também, pelo convivio secular e pelas enormes heranças culturais do Al-Garb Al-Andaluz) também cúmplices de terrorismo? Qual será a motivação que leva um jogador exausto, no final de quase 120 minutos de correr, transpirar e sofrer, a lembrar-se de tal ofensa, totalmente afastada das prácticas desportivas?
Neste momento, e só por essa frase, acho que a França deveria ter ganho.
Para calar gente como o Le Pen (que afirmou que o branco da bandeira francesa estava a ficar manchado pela quantidade de jogadores estrangeiros) e imbecis como este Materazzi, que fez uma triste figura por si e pelo seu país.
Eu, se fosse o Zidane, não me tinha ficado pela cabeçada.
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