A Mac

Ele há dias assim.
Este começou na sexta e acabou hoje, sempre igual: jeans enormes de um ex-namorado qualquer que andam comigo para todo o lado (fantasticos, maravilhoss, mas inclassificáveis para o top 5 da sexy wear); all star velhos, com ténues sinais de um rosa era uma vez; cabelo sujo, mas sujo mesmo, atado para nao me lembrar que o loiro virou cinzento; óculos tao fieis que até ja devo de andar a dormir com eles; taça de chá castanha de tantas vezes que foi enchida e o Morrisey, que me está a fazer um private concert há mais de 40 horas.
Entretanto, a apariçao toca à porta. Veio de Roma e chegou a Londres. Fala de massa com ameijoas, de casamentos, de amigas, de coisas que nao vejo nem faço há, desculpem o francês, cojones.
Ela entra, abre a mala e de lá de dentro saem caixinhas pretas aos trambulhoes.
A apariçao é uma amiga e trabalha numa coisa milagrosa chamada MAC (nao, nao é este pobre miserável em que escrevo) mas sim MAC COSMETICS!!!
E as caixinhas sao coisas que nunca vi, nem sei usar: batons (vais ficar igual à Scarlett com este baton - fia-te na virgem e nao corras... contudo, ela abre e vejo um vermelho tao vermelho que nem a Disney conseguiria criar uma cor tao estridente... - hum... Scarlett ou Escarlette, corista cais do sodré?.. a ver vamos!), coisas para os olhos, sombras, pinceis, lapis, bases, enfim, o natal chegou mais cedo a londres!
Amanha saio de casa.
Vou comprar pao, vou aos correios ou vou fazer o que quer que seja.
Mas vou sair de casa e mostrar a estes ingleses merdosos cor de peito de frango no final de um dia no Pingo Doce, o quanto a hi-tec da maquilhagem pode fazer a uma escrava da filosofia francesa.
E amanha será um novo dia!!