os perus, os frangos e os enigmas do futebol
nunca gostei.
fico contente quando portugal ganha um jogo do mundial e quando a itália vence um campeonato.
mas não saberia dizer de que clube sou. nem um nome de um jogador para além do figo e do cristiano ronaldo, que por acaso até são engraçadinhos.
para além de não gostar dele, o futebol é um pouco como a matemática: não percebo e não gosto e como não percebo, não gosto e como não gosto, não percebo.
ontem, enquanto tentava ir a um pub no fim do mundo no fim do dia, vi-me rodeada de gente com cachecois diferentes dos meus - porque não aqueciam nem eram fofinhos - mas que, mesmo assim, falava a minha lingua. uns melhor, outros pior, devo dize-lo.
para além do futebol e da matemática, não gosto de ter gente à minha volta (o que ajuda a explicar o gato montês). sobretudo se essa gente é muita, fala muito alto e se distribui por um espaço muito pequeno numa densidade populacional muito elevada. demasiados adjectivos qualificativos (que com a treta da revisão ortográfica se devem chamar nomes inanimados descritivos) por metro quadrado. a incompreensão resta ainda e por isso mesmo resolvi transcrever esta conversa com um amigo que acabou de ir almoçar (e a quem não pedi licença, mas tem um nome que lhe salvaguarda bastante o anonimato...). talvez um dia, alguém me possa explicar este fenómeno chamado bola. os perús são um extra da conversa, mas achei que com tanta ave rara que vi ontem, vinham mesmo a calhar...
me: olha, mudando de assunto: ontem no metro dei por mim rodeada de gente que se expressava (e me esmagava) em português
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