Thursday, February 07, 2008

hoje

Até ha bem pouco tempo, nao acreditava que se pudesse morrer de amor.
Agora, cheguei a duas conclusoes:
Nao se morre de amor, morre-se de falta dele.
Nao se morre realmente, desfalece-se, como se o corpo passasse, com o tempo, de matéria a nada, para deixar de ter que conviver consigo mesmo. Como se a tristeza fosse tao grande que a apatia se tornasse a sua melhor companheira.
A solidao nao é uma coisa triste. O que é triste é sentir-se so mesmo quando se esta rodeado daquelas pessoas a quem chamamos amigos.
Eu sinto que continuo a morrer de amor. Ou da falta dele.
Mas os que seguem este blog com alguma assiuidade e com maior fidelidade do que lhe é merecida, tem acompanhado esta historia, desde o inicio, sem darem por ela:
Um largo desaparecimento inicial, ha exactamente um ano atras.
Um ligeiro voltar ha cerca de seis meses a esta parte.
E de novo um regresso, quando tudo o resto desapareceu, acompanhado de angustias, de tristezas, de suspiros, de silencios.
Nao sei porque é que este blog continua a existir. Faz-me pena a mim mesma e nao tem nem a sombra da alegria que o inundava até à pouco tempo.
E estas sao exactamente as mesmas inquietaçoes que sinto pela minha pessoa.
Da proxima vez que nascer vou ser homem. E racional. E frio. E calculista. E, no final, creio que vou poder dizer que fui feliz.

5 comments:

francisco carvalho said...

Não te adiantava de nada ser homem, menina Primavera, para poderes dizer que te sentias feliz. Não acredites nisso. Se os homens são todos calculistas, então cometem todos muitos erros de cálculo. Ainda não há nenhuma fórmula matemática que nos faça vencer nessas coisas irracionais do amor. Ninguém tem a milagrosa receita disso. E ainda bem que assim é.

Não desistas do blog (preocupação egoísta minha, eu sei), não desistas de escrever (quem sou eu para to dizer?), sobretudo isso; escrever torna-nos vívidos, vivazes, limpidamente vivos...

:)
beijos

Anonymous said...

ui ser um homem...como se isso fosse garantia do que quer que seja

Sinapse said...

Acredita, que te digo eu, que sou racional e fria [mulher, não homem ... mas racional e fria e a proteger-me desde sempre das agruras do amor (e da falta dele), para não sofrer o que estás a sofrer agora], acredita que não há receita, não há fórmula. Foge do amor, sofrerás (como eu). Não fujas do amor, sofrerás (como tu). A felicidade não se mede no amor do outro por ti, mas no amor que te tens a ti mesma - que é o amor mais fácil e ao mesmo tempo o mais difícil, nem sei explicar porquê, mas é. Acho ...

evil mandela said...

Eu conheço-te. Mal, mas conheço-te. Temos uma amiga comum. Queria dizer-te, nesta altura em que escasseia a confiança, que te acho uma mulher fantástica - graciosa, inteligente e insegura. Uma miúda perdida que só encontrará o caminho com silêncio. Encontrarás paz brevemente.

Pitucha said...

Segue a tua vida porque há curvas desconhecidas e depois delas não se sabe o que está! Por vezes fecham-se em novas curvas! Por vezes abrem-se em horizontes deslumbrantes!
Não deixes de caminhar.
Beijos e força.