Antonio
Lembro-me ainda hoje do dia em que o PS ganhou as eleiçoes e o António Guterres se tornou primeiro ministro. Terá sido em 95? 96? Para o caso nao interessa.
Lembro-me de chegar a casa tardissimo, eufórica, com um enorme coraçao encarnado estampado na t-shirt e de ter falado com o meu pai pela última vez.
Foi uma conversa pouco agradável, que me fez subir ao telhado como os gatos e aí ficar, até de manha, a tentar equilibrar alegria e tristeza numa só balança de 18 anos.
Seja como for, os assuntos paternais ficaram encerrados e o optimismo 'guterriano' permaneceu um pouco mais.
Depois, esse também foi abandonado, ao mesmo tempo que o seu desinteresse pelo estado da naçao ia crescendo.
Como político, António Guterres falhou.
Como primeiro ministro foi uma desilusao (e aqui refiro-me somente ao segundo mandato).
Mas como homem, ainda hoje o admiro.
E sinto-me orgulhosa da escolha de Kofi Annan.
Temos um novo Alto Comissario da Onu para os refugiados. Um homem sério, inteligente, constante e muito bem intencionado.
Esperemos que seja estável no seu entusiasmo e na sua preserverança.
1 comment:
perserverança, fofa, perserverança!
e que o Senhor nos preserve de um regresso do guterres...
kiss
JB
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