Mathilde, Eustacia, Vanina
Hoje tinha vontade de re-escrever as paginas sem fim que formaram os fragmentos do meu pensamento amoroso.
Como um déspota literario enloquecido (ou iluminado), pegava num lapis e mudaria pequenos detalhes aqui e ali, pequenos gestos que transformaram a felicidade em pesadelo. Arrancaria paginas, alteraria a sua ordem. Em vez de nao escreveria sim. Apagaria lagrimas, orgulhos, traiçoes. Mudaria o tempo para o fazer coincidir com os actos correctos. Corrigia pensamentos, riscava ciumes, transformava as vinganças em oblios. Inventava finais felizes. Com suspiros de felicidade incluidos. Transformar-me-ia numa espécie de agente cor-de-rosa de um index pessoal, lido e relido às escondidas.
E chegando ao fim, talvez até conseguisse acreditar que o amor, afinal, também merece um habeas corpus.
No comments:
Post a Comment