Toma um Kompensan que isso passa!

Ai há tanto tempo que não faço um post fútil!
Estou saturada de falar do Papa, de reflectir sobre a existência (ou não) de uma direita, de uma esquerda, de um meu posionamento mais para uma e menos para a outra.
Estou cansada de me lamentar do mundo das artes, dos artistas que são parvos, dos comissários que se crêem o rei do mundo, das obras que demoram tempo a fazer.
Estou igualmente farta de falar mal. De tudo e de todos: dos jornais novos, dos políticos velhos, dos amigos, dos que já o foram, dos filmes. Da vida em geral. E a minha é tão feliz, tão bonita, tão invejável, de que raio é que me ando para aqui a queixar?...
Quando releio estes últimos dois meses de actividade bloguística constato, uma vez mais, a principal razão pela qual não aguento muito tempo no mesmo sítio: torno-me acida, mal dizente, sarcástica até dar vómitos, amarga com a vida que tenho, com a que queria ter, com os amores que não tenho, com os que não quis ter, com o que deixei, com o que escolhi, enfim, com tudo que se relacione minimamente com as minhas próprias opcões de vida.
Acabou-se esta merda toda!
O mau humor que se lixe. Que tire umas férias e vá para os lados da Quarteira, para perceber como a vida pode custar e como a minha custa tão pouco.
Amanhã vou ao cabeleireiro (algo inédito no último ano), vou ler revistas da treta, ver sapatos (até ando a precisar de umas botas novas), beber chás e limonadas, passear com um livro debaixo da mão, respirar bem aquilo que tenho e tratar de mim. E da minha saúde mental.
A ver se esta azia me abandona, caramba, que isto de dizer mal e de ser refilona já enjoa!
E que, para a semana, da minha boca saiam flores e não lagartos.